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Ferreirense Luiz Carlos Sanaiotte coleciona albuns de figurinha desde a Copa de 1998

Aos 71 anos de idade, Luiz já completou sete Álbuns da Copa, incluindo o do Mundial do Catar 2022, a tradição passou para seus filhos e agora também para os netos.


O maior evento esportivo do planeta se aproxima e com ele todas as tradições que fazem da Copa do Mundo muito mais do que um torneio de futebol. Infinitas tradições estão na memória coletiva do povo brasileiro, que de quatro em quatro anos se reúne para festejar, com vitória ou derrota, os jogos da seleção. Ruas pintadas de verde e amarelo, bandeirinhas cruzando os postes de luz, almoços em família, bares com telão transmitindo as partidas e claro, os Álbuns de Figurinha da Copa.


O primeiro álbum de figurinhas de uma Copa do Mundo, que se tem registro, foi lançado na Copa do Mundo do Brasil em 1950 pela Fábrica de Balas Americana. Desde então, a tradição se alastrou pelo país, e a prática se somou à paixão de milhões de brasileiros e brasileiras pelo futebol. Entre eles, o ferreirense Luiz Carlos Sanaiotte, que coleciona álbuns desde a Copa da França de 1998. “Não sei te falar como surgiu esse gosto, sempre fui muito ligado ao futebol”.



Durante muitos anos membro da Diretoria da Sociedade Esportiva Palmeirinha, time que viu como lembra ele, chegar a ser campeão da 3º divisão no estado, por volta da década de 1980, Luiz conta que começou a tradição de colecionar álbuns já com 47 anos, em 1998. “Depois que você começa, aí é difícil de você parar. A gente não vê a hora de terminando a copa, chegar a próxima pra colecionar de novo".


Naquela época, segundo ele, a tradição exigia ainda mais esforço do que hoje, não havia ainda a famosa troca de figurinhas na praça e a Banca do Joaquim era praticamente o único local de vendas dos pacotinhos, mais em conta, é verdade, do que os atuais. “Acho que há umas três copas atrás surgiu a ideia de se reunir na Praça Matriz. Desde então, eu comecei a ir sim”.


Ele destaca que acha curioso a prática de vender figurinhas ao invés de trocar, prática aliás que ficou mais frequente neste ano, inclusive com ofertas que aceitavam pagamento por Pix. “Não é só a troca, por troca, hoje as pessoas estão vendendo figurinha. A grande sensação é abrir o pacotinho, você comprar não tem a mesma emoção”.


Para ele a grande oportunidade que a Copa nos traz e junto com ela as brincadeiras com os álbuns de figurinha é a confraternização em família e com os amigos. A tradição de colecionar os álbuns da Copa tem passado de geração em geração na família de Luiz, que contou primeiramente com a ajuda dos filhos André e Felipe e agora conta com o apoio dos netos Antônio e Augusto. “Eles me ajudaram e hoje eles ajudam os meus netos”.



A troca de figurinhas para ele é uma socialização. Para as crianças, mas também para os pais e avós que os acompanham nas brincadeiras. Aos 71 anos de idade, Luiz conquistou algumas figurinhas do Álbum do Catar deste ano na Praça Matriz.


“Quantas vezes nessas idas na praça não encontrei colegas meus que fazia muito tempo que não via, parávamos para conversar e até trocamos figurinhas”.

Além de tudo isso, a prática ainda ensina valores para os pequenos, as novas gerações do país do futebol, valores importantes para a vida em sociedade. “A criança acaba aprendendo, valores de conquista, de honestidade, de família, é uma socialização, é uma responsabilidade”.



Por fim, ele não deixa de apresentar o seu palpite para a Copa do Catar deste ano, marcada para acontecer no dia 18 de dezembro. Para Luiz, Brasil e Inglaterra se enfrentaram na final, com a vitória da seleção canarinho.


O projeto Porto de Memórias foi idealizado pelo ferreirense e jornalista Felipe Lamellas e se propõe a contar histórias de vida de personalidades marcantes para a cidade, conhecidas ou não. O objetivo principal é resgatar e preservar a memória da comunidade local, contando histórias, causos e lembranças de membros da sociedade, que se confundem com a própria história da cidade.



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